domingo, 13 de outubro de 2013

A chegada de Raul


Dia 30 de setembro de 2013, 41 semanas. Acordei com contrações irregulares, incômodas mas não muito doloridas como já sentia há tantas semanas. Nada de novo, nada fora do comum, exceto pelo fato de ter que sair de casa pra fazer uma ultrassom àquela altura do campeonato. Avaliar bem estar fetal. Raul estava bem, eu sabia, eu sentia.
Durante o exame, tive contrações mais longas. Meu corpo trabalhava.

A tarde, consulta com a obstetra. 2 cm, colo médio, 80% apagado. Será que isso era um bom sinal? “O que faremos se nada acontecer até o final da semana?” Não queria induzir, não queria aumentar a chance de outra cesariana. Tudo era confuso e, no fundo, tinha um pouco de receio de chegar às 42 semanas e passar das 42 semanas. 
Sentia que o fantasma do “corpo defeituoso”, resultado da cesárea anterior me assombrava, tinha medo de não entrar em trabalho de parto. Todas as outras “companheiras de barriga” já haviam parido e eu ainda não.
Sabia que o medo era sem fundamento – toda mulher entra em trabalho de parto - mas a sensação que tinha era de que ficaria grávida para sempre. 
Por outro lado, ficava pensando se estava mesmo preparada para parir. Queria Raul! Mas sentia um frio na barriga em pensar em como seria, o que aconteceria, como lidaria com a dor.

A tarde seguiu, Willian foi trabalhar. Fui ao supermercado comprar pão e frutas. As contrações mais longas, mais incômodas, irregulares. Tudo certo, já tinha visto isso antes.
Tive dois “falsos trabalhos de parto” com contrações até de 2 em 2 minutos. 
Não iria me iludir, não dessa vez. “vai parar, são pródromos”.

Enquanto bebia uma xicara de café com leite, percebi que as contrações vinham com mais frequencia. Devo anotar? Vou me iludir, de novo… Vai parar.
8 em 8 minutos. Avisei Willian dizendo “Amor, estou com contrações mais longas. 8 em 8”.
”Vai parar, eu sei que vai, são pródromos” Olhei para o relógio: 18 horas.


O início

Deitada ao lado de Vicente me deixei levar pela ideia de que, talvez não fosse demorar muito para Raul chegar. Fiquei pensando nos acontecimentos. Dessa vez não avisaria ninguém sem ter certeza, não me anteciparia. Fui pega de surpresa várias vezes pelas contrações que pareciam mais fortes e com um intervalo menor.
Assim que Vicente pegou no sono, fui tomar um banho quente. Se fosse mais um “alarme falso”, tudo pararia.

Com a bola embaixo do chuveiro, deixei a água quente cair sobre as costas. À luz de velas, fui relaxando. O vapor subiu rapidamente e tomou conta do banheiro inteiro.
Rebolava, movimentava o quadril e só pensava que seria maravilhoso se aquilo tudo continuasse, mas eu não podia acreditar.
No vidro do box embaçado escrevi “Vem, Raul!” e fazendo um coração ao redor dessas palavras fechei os olhos e tentei me entregar. Fosse o que fosse, não devia estar muito longe agora.

Saí do chuveiro morrendo de vontade de comer o abacaxi que havia comprado. Enquanto cortava a fruta, comecei a marcar as contrações no celular. Uma veio, respirei fundo, deixei passar. Logo outra, uma cólica mais forte, expira profundo, passa. 3 minutos.
Outra, passa, 3 minutos. Isso nunca havia acontecido, minhas contrações eram irregulares. Agora estavam totalmente ritmadas. A cada uma, a duração aumentava, mas a frequência sempre em 3 minutos. Logo havia uma longa lista e eu senti uma onda de esperança tomando conta de mim. Seria trabalho de parto? De verdade? Iria acontecer comigo? Mesmo? 

Fiquei andando de um lado pra outro da sala, feliz, nervosa, ansiosa, radiante. Mandei mensagem pro Willian avisando que, talvez ele tivesse que voltar pra casa.
Tremendo, resolvi ligar para minha doula. “Kika, tô com contrações ritmadas há um bom tempo. Já tomei banho, não passaram. Mas ó, deixa que eu te aviso, quero observar mais”.
Tudo o que eu não queria era que – isso aconteceu uma vez – ela viesse e tivesse que voltar sem que nada tivesse acontecido.
Não tinha medo de incomodar as pessoas, é o trabalho delas. Mas tinha medo de me decepcionar de novo, não queria transtornos.

Fico controlando por mais uma hora. 3 em 3. Definitivamente, alguma coisa está acontecendo.
Digo pro Willian e pra doula: “VEM!”. Ao contrário da outra vez em que tudo começou, não fui limpar e arrumar nada. Só tinha vontade de entrar no quarto, fechar a porta e esquecer do mundo. Não me importava a bagunça, a desorganização. Só queria ficar em paz.

Sem pressa, coloquei uma roupa confortável, desliguei as luzes, acendi velas e um insenso.
A cada contração, sorria, respirava fundo e rebolava. 
Liguei o computador e selecionei a playlist que havia feito para o parto. Ouvindo as mesmas músicas que ouvíamos enquanto Raul foi concebido, fui entrando numa espécie de ritual. A cada música, uma contração ou duas. Fechei os olhos e me deixei levar.






As pessoas foram chegando. Minha mãe, minha irmã. Willian. Pedi que ele ligasse para as outras pessoas avisando. Logo depois chegaram Kika, minha doula, Lu, fotógrafa e Nicole que também fotografou e acompanhou o momento. Talvez fosse verdade, Raul chegaria em breve.








Eu estava muito feliz! Feliz, feliz, feliz!
As contrações eram um pouco doloridas mas nada demais. Quando vinham, fazia movimentos com os quadris, Willian me ajudava a agachar ou simplesmente, descansava apoiada na bola em cima da cama. Eu estava curtindo demais tudo aquilo, todas aquelas sensações. Tinha um pouco de medo do que viria, sabia que estava fácil daquela maneira porque era o início.
Nunca tive medo da dor, nunca temi o que poderia sentir num trabalho de parto. Mas sabia que seria intenso, que aquilo cobraria de mim algo que nunca vivenciei.
Pedi que chamassem Adelise, minha parteira. Mesmo que não fosse agora, as coisas estavam diferentes.





Ali, naquele quarto com pouca luz, Willian e Kika se revesavam em cuidado e apoio. Kika fazia massagens na lombar, me sustentava nos agachamentos, me lembrava de comer, beber, de apenas desfrutar daquele momento com Willian. Ele me dava o apoio necessário pra seguir em frente. Abraços, beijos, massagens, idas e mais idas ao banheiro, força na parte mais dolorida das contrações. Dizia o certo na hora certa, estava atento aos meus sinais.
Trabalhamos juntos. Eu, Raul e Willian.









A transição

De repente, eu já não encontrava posição confortável durante as contrações. Comecei a ficar muito incomodada com aquela dor que vinha cada vez mais forte.
A piscina já estava cheia o suficiente para entrar. A temperatura era ótima, mas eu sentia que preferia ficar de pé. Willian entrou comigo. Tentei achar uma posição mas era impossível. 
Eu bem que resisti a ideia da piscina durante toda a gestação. De certa forma, eu sentia que não conseguiria ficar ali. 








Estava todo mundo na sala e eu percebi que muitos olhares me deixaram um tanto acuada.
Voltei pro quarto. A parteira estava a caminho, me disseram, mas eu já estava ficando impaciente. Kika me deixou sozinha com Willian e deitei junto dele para tentar descansar. 
Era impossível. A dor não deixava. Sentei na cama e tentei me entregar. O corpo teimava em ficar tenso, a cabeça me dizia “Só quero que isso passe logo…” e eu lembrava “não, não racionaliza, se entrega, se entrega” e no final da contração eu já estava vocalizando, relaxando.
Kika me perguntou se queria voltar pra piscina, que as dores aliviariam bastante. Aceitei, mas pedi que todas as pessoas saíssem, pedi pra desligarem as luzes e nada de música: tudo começava a me irritar.

Na sala vazia, Willian e Kika cuidavam de mim, dentro da água. Tentei achar ali o alívio que tantas pessoas falavam mas não encontrei. Tudo foi ficando nebuloso, saía de mim no auge das contrações. Eu não sabia, mas estava no famoso período de transição, o mais difícil de todos.
Meus medos começaram a vir a tona. Perguntei pra doula se agora era mesmo trabalho de parto, se não eram pródromos. Não podia acreditar que eu havia mesmo entrado em trabalho de parto, era muito surreal. 

A parteira chegou. seria uma da manhã, duas? Não sei…
Quis fazer um exame de toque. 6 cm.
Me surpreendi! Achei que seria menos, que estivéssemos ainda muito longe.
Pedi pra ir pro chuveiro, levei uma cadeirinha de madeira do Vicente. Nela, deixei a água quente cair no corpo. O momento mais dramático de todo o trabalho de parto.
Sentada naquela cadeira, era como se tivesse de frente para mim mesma, olho no olho, num desafio. Era uma conversa silenciosa sobre limites, superação, medos.
O vapor subia e eu não conseguia fazer mais nada além de vocalizar em cada contração.
Disse para Willian – sem vê-lo, eu já não “via” mais ninguém – “Acho que não vou aguentar”.
Não ouvi a resposta.
Lembro de ver Kika entre o vapor e dizer “Parece que vou morrer!” e ao fundo, ouvir “Mas é isso mesmo. No parto morremos um pouco a cada contração. Tu já morreu várias vezes nesse parto”. Mentalmente, finalizei a frase, “pra renascer no final. Sei disso”.

No intervalo, desejava simplesmente não sentir de novo aquela dor. Mas ela vinha, eu podia sentir. Suas nuances, seus sinais. A dor vem devagar, sem pressa. 
Começa num ponto e como uma onda, te toma por inteira. Entre elas, tudo era calmaria.
Durante, eu cheguei a pensar que entendia quem pedia anestesia, embora não tenha pensado em pedir em nenhum momento. Era aquilo mesmo que eu queria sentir, foi o que desejei durante tanto tempo. Era um ritual de passagem, sem dúvida. Era uma preparação.
Eu queria viver e sentir tudo aquilo que me foi tirado na primeira vez.
Além disso, eu sabia que qualquer intervenção significava transferência e que isso me deixaria mais próxima de outra cesárea. Algo que eu com certeza não queria.

Não sei quanto tempo fiquei no chuveiro. Willian ao meu lado o tempo inteiro.
Eu realmente estava na partolândia, só vocalizava. A razão não existia mais.

Ouvi minha doula sugerir que fizéssemos agachamentos no quarto. Eu não podia imaginar como fazer isso. Não conseguia me mexer. De repente, uma frase mágica: “para ajudar Raul a nascer”.
Era isso, eu só pensava em ajudar o processo, em chegar mais próximo do fim. Queria Raul, queria ficar em paz, queria renascer. 
Num impulso, numa retomada de consciência, doida, repentina, numa força que eu não imaginava ter, levantei e fui para o quarto no intervalo das contrações. Ficamos em um cantinho que havia pedido para Willian forrar com um tapete de EVA, logo no início do trabalho de parto, não sei bem porque.
Lá, nos abraçamos e nas contrações, sentia mesmo muita vontade de ficar de cócoras.
Fizemos esse movimento uma, duas, três, quatro vezes. 
Numa delas, Willian diz “sangue”. 


O expulsivo

Instintivamente olhei para baixo, vi um pouco de sangue no chão. Recobrei a consciência e perguntei se aquilo era normal. Ouvi que sim, era normal, mas a parteira quis fazer outro exame de toque. Me pedindo desculpas, diasse que estavamos próximos, muito próximos do momento final, que só faltava um pouquinho.
Ela não quis me dizer quanto de dilatação tinha naquela hora e eu agradeço por isso, não fazia diferença. 

Senti ainda mais força. Se estávamos próximas do fim, teria que ser mais forte do que nunca.
Continuei agachando, dançando. Quis a cadeirinha do Vicente, precisava de um apoio na parte mais difícil das contrações.
Elas me tomavam totalmente, eu mal conseguia pensar. 
Abraçada em minha doula, senti uma muito forte. Instintivamente sentei na cadeira e a bolsa estourou, estourou mesmo. Um jato de líquido amniótico lavou o chão.

Daí em diante, não tenho mais noção de tempo, cronologia, quem fez o que e onde estavam.
Lembro da doula chamar a parteira que veio rápido. Lembro de uma movimentação, pessoas chegando e eu ali, entregue, agarrada a Kika, vocalizando.

Então, cheguei a parte mais incrível, mais intensa de todo o parto. 
Eu sentia meu corpo se abrindo para Raul passar. Ele descia a cada contração e eu sentia minhas pernas perderem a força e me obrigarem a agachar.
Enquanto minha parteira massageava a lombar, ele foi descendo, pouquinho a pouquinho.
Logo, senti o primeiro puxo.
Que sensação maravilhosa! A dor ia embora e única coisa que eu sentia era meu corpo fazendo força sozinho. As contrações vinham e no final, sentia essa força que me fazia sentar na cadeira e simplesmente deixar a natureza fazer seu trabalho. Eu já não controlava mais nada.
Um grito vinha com cada um deles. Um grito visceral, profundo, lá de dentro. Um grito de bicho, de fêmea, algo jamais experimentado. 

Eu já não pude mais levantar. Gritei e meu corpo fez uma força enorme. Ouvi minha parteira dizer que ele estava ali. Coloquei a mão entre as pernas e senti a cabecinha de Raul.
Emocionada, senti mais uma força enorme tomando conta de mim. Ouvia vozes ao fundo dizendo que ele estava nascendo, que estava vindo.
Sentia a presença de Willian, da minha doula e da parteira, mas não via ninguém.
Senti uma ardência muito muito grande e na hora lembrei do círculo de fogo. Tudo queimava, mas a sensação era muito boa. Eu sentia Raul escorregando.
Num grito imenso que acordou Vicente, numa força que jogou meu corpo pra trás, às 04 e 29 da manhã, Raul nasceu. 


Como se tivesse saído de um transe, olhei para as mãos da parteira. Raul chorava alto assim como eu. Logo o trouxe junto ao corpo.
É impossível descrever. O corpinho escorregadio, aquele cheirinho de bicho…
Eu só conseguia pensar: Nós conseguimos! Conseguimos, Raul!
Willian ao meu lado, Vicente perguntando o que estava acontecendo… Nossa família toda unida num momento mágico.
Sentia o amor tomando conta daquele quarto, a emoção pairava, era quase palpável de tão perceptível. O tempo parou por alguns instantes. 
Raul veio ao mundo sem violência, na penumbra. Amado, cuidado e respeitado.

Ele nasceu, nós renascemos. Toda a luta valeu a pena.







A parteira sugeriu que deitássemos na cama para a expulsão da placenta. Ela estava vindo bem devagar. 
Fiquei ali deitada, namorando Raul, conhecendo. Logo percebi que ele era parecido comigo, ao contrário do que imaginei/sonhei durante toda a gestação. Sonhava sempre com um menino mais moreninho do que Vicente e no entanto, seus cabelos eram mais claros, assim como os olhinhos.
O apgar, 9/10. Nasceu com 3.170 kg e 48,5 cm. Ele parecia tão pequenininho, tão delicado.
Mal abriu os olhos logo depois de nascer. Mamou um pouquinho e logo dormiu, parecia cansado depois de todo o trabalho para nascer. Dormiu gostoso em meu colo.




Ficamos cerca de quatro horas aguardando a expulsão da placenta. Tentamos várias coisas. Ocitocina via spray nasal, acupuntura, agachar, rebolar, fazer força. Contrações não faltavam.
A placenta ficou retida. O cordão era muito fino, a parteira responsavelmente não quis tracionar. 
Depois de muita conversa, de muita reflexão, resolvemos encontrar a obstetra de backup no hospital.

Como jamais levaria Raul para àquele ambiente, para ser submetido a todo tipo de intervenções, ele ficou em casa. Foram três horas de internação que pareceram uma eternidade.
Um procedimento simples, poderia ter sido liberada em dez minutos, segundo a obstetra.
Mas, hospitais tem protocolos. Hospitais tem regras. Não há a individualização do atendimento.
Ali, mais uma vez, comprovei o porque da minha escolha.
Raul ficou em casa e metade de mim também. Foi muito, muito difícil.
Ele ficou bem com a avó. Seguiu dormindo o tempo todo e quando cheguei ainda estava.
Veio direto para o peito e assim ficamos até o outro dia que amanheceu lindo, ensolarado, primaveril, com uma temperatura amena.

Vicente acordou perguntando “Cadê o Raul? Cadê o bebezinho?”. Fomos todos para a sala, vovó chegou em seguida dando “bom dia” a todos. Preparamos um café enquanto Vicente corria no quarto para pegar um livrinho para ler para o maninho. Depois, pediu para segurá-lo no colo.
Pedi para que ele sentasse bem direitinho e coloquei Raul nos seus braços.
A carinha de felicidade dele era linda e contagiante. Tinha agora um companheiro para sempre.









Agradeço ao Willian, por toda a força e amor, por ter confiado, compreendido e apoiado sempre. Sua serenidade foi fundamental. Muito, muito obrigada pela família linda que construímos (e que continuaremos). A Vicente, por me ensinar a maternar, por me mostrar sempre o que é essencial e importante, por me ensinar a amar sempre mais. Obrigada, filho!
A minha mãe, por ter cuidado de tanto, por ter crescido comigo nessa caminhada em busca de um parto digno. Por aceitar minhas ideias e apoiado nossas decisões.
A minha irmã e meu pai por terem vivido tudo isso de maneira natural, compreendendo melhor dia após dia, por deixarem cair os preconceitos.
A Kika, doula querida que não me deixou desistir do parto humanizado. Que me deu forças pra seguir em frente e acreditar que era possível. Obrigada pela leveza, pela sutileza, pelo apoio e pela amizade, por agir e sugerir nas horas certas e respeitar nosso espaço. 
A Adelise Noal, minha parteira, pela delicadeza, por simplesmente, assistir ao parto, sem intervir, pelo lindo trabalho. Obrigada pela paciência, pelo comprometimento, especialmente na parte mais dificil. 
A Claudete Borges pela simpatia e pelo belo trabalho, por auxiliar de uma maneira tão eficiente e discreta.
A Lu, por registrar esse momento tão especial de uma maneira que não interferiu em momento algum. Um talento enorme! 
A Nicole querida, que nos acompanhou desde sempre, que filmou um dos momentos mais especiais de nossas vidas e no fim de tudo, ainda ajudou em tanto! Muito obrigada!

Obrigada a quem torceu, a quem divulgou, a quem contribuiu na vaquinha, a quem comprou gorrinhos, participou da rifa. Agradeço a cada um, a cada uma, por terem ajudado a tornar esse desejo uma realidade.

Muito obrigada!



Kika Doula: Não foi difícil acompanhar essa família. Foi leve, doce, intenso, inteiro. A Débora já sabia tudo que eu pudesse contar sobre partos humanizados quando eu a conheci. Ela já tinha lido tudo que existia. Ela não precisava de informação. Ela precisava de fé. De cuidado. De carinho. De alguém que acreditasse junto com ela que, no oitavo mês de gestação, o jogo ainda não estava perdido, ainda dava tempo de correr atras. E ela correu. Corremos juntas.
Quanta emoção!
Gratidão eterna!


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