domingo, 11 de agosto de 2013

Os bebês bem sentados e seus partos pélvicos...

Falar sobre partos pélvicos é sempre delicado, e as opiniões são as mais diversas, mesmo entre os obstetras humanizados.
Quando uma mãe está na busca por um parto natural, geralmente o fato de um bebê estar na posição pélvica é um baque.
Espera-se, tradicionalmente, que um bebê fique em posição cefálica entre 30-34...35 semanas. No movimento de humanização, aprendi que esses dados são equivocadas indicações de cesariana, considerando que o bebê pode virar-se até mesmo DURANTE O TRABALHO DE PARTO.
Sendo assim, não há motivos para preocupação precipitada...tudo pode acontecer.
O bebê pode, estando pélvico, apresentar das seguintes formas(mais comum):


Lembrando que o bebê pode ainda nascer podálico, onde nascem os pés antes do bumbum.

Existem  coisas que se pode fazer a respeito para ajudar o bebê a virar (dicas e imagens de Naoli Vinaver).
Movimentos como engatinhar(ficar de quatro) por alguns minutos(em torno de 20min), algumas vezes por dia, podem ajudar.



Outros movimentos são bem eficazes, respeitando a frequência indicada anteriormente, tais como:





Após cada exercício, é indicado que seja aplicada a técnica de rebozo para chacoalhar o quadril.

Outras técnicas que podem ser utilizadas:

-Moxabustão.


-Aplicação de compressas quentes no pé da barriga e frias no alto da barriga(acredita-se que o bebê irá virar buscando o calor).
-Aplicação de focos de luz no pé da barriga(mesmo motivo), ou de sons, como vozes conhecidas(papai pode ajudar no processo conversando com o bebê bem pertinho do baixo ventre).
-Busca por homeopatias como Pulsatilla.
-Acupuntura.

E se nada funcionar, ainda temos a opção de uma VCE (versão cefálica externa), onde o médico irá "virar" o bebê com as mãos). Orienta-se que antes desse procedimento, o médico verifique com ultra a posição exata do bebê. Alguns médicos usam também alguma medicação para diminuir a rigidez uterina e facilitar a virada.

Aqui um video mostrando como a VCE é feita:



Se nada disso funcionar, existe a opção de se realizar um parto pélvico.
Pouquíssimos profissionais ainda topam realizar esse tipo de parto, mas eles ainda não foram totalmente extintos...rsrsrs.
Para o parto pélvico(assim como para o parto cefálico, né?), a pior posição e a menos indicada é a de litotomia(deitada de barriga para cima). Quanto mais expandido for o canal da vagina, mais fácil é a saída do bebê(estando ele na posição que estiver). Dessa forma, a posição "agachada" é muito interessante...ou de quatro, ou qualquer posição que não leve o canal vaginal a ser limitado pelo fechamento dos ossos da bacia.





Todas essas dicas valem também para o parto podálico, que é quando os pezinhos do bebê nascem antes.
Aqui uma sequência de fotos bacanas de um parto podálico:


    

    

    

...

Encontrei também, no site da Casa Moara, um lindo relato de parto pélvico natural!
Vejam só:


Com naturalidade e sem intervenção, nasceu meu Pedro-Pélvico

Lucas, primeiro filho de Bianca, nasceu num parto natural muito rápido. Na segunda gravidez, uma surpresa: o bebê estava sentado! “Não era possível! Depois de um parto natural tão bacana eu não queria uma cesárea”, conta ela neste emocionante relato.
Por Bianca, mãe do Lucas e do Pedro
Quando o Lucas completou um ano, cortamos a pílula. Cresci sem irmãos por perto e não queria o mesmo para o meu filho. Ele já tinha a Bruna, mas 20 anos mais velha, está na categoria “irmãe”. Ela apoiava, o Sergio se animou e quatro meses depois eu estava grávida de novo. Fiz um teste de farmácia e deu negativo. Comprei o segundo, e também deu negativo. Fui ao laboratório colher sangue. Era sábado e o resultado só viria na segunda. Comprei o terceiro teste sob protestos do Sergio. Em vez de grávida, ele achava que eu estava louca. Mas… voilà… finalmente os dois tracinhos! Eu estava mais atrapalhada que o normal, mais engraçada que o normal, e quando virava rápido na cama sentia que minha barriga estava descolando. Só tinha me sentido assim quando esperava o Lucas. Era claro que eu estava grávida!
Em vez das reuniões de gestantes no Gama, das infinitas leituras de relatos de partos, do acompanhamento em tempo real da lista de discussão sobre gravidez e parto: o mestrado, os recursos educacionais abertos, o Lucas. Fiz um mês de ioga para gestantes e nunca mais consegui aparecer. Por mais de sete meses, só lembrava que estava grávida quando alguém me dava lugar pra sentar ou sorria na rua sem motivo aparente. Mas, na 28ª semana de gestação, o Pedrinho (que ainda era Gabriel) sentou e virou o centro da minha atenção.
“Ainda é cedo”, me disse a parteira querida que já estivera no parto do Lucas. “Ele vai virar!” Parte de mim confiava nisso, mas algo me dizia que não ia. Trinta e duas semanas e o danado sentado. Trinta e quatro semanas, contrações bem fraquinhas de 30 em 30 minutos, e o danado sentado. O Lucas já tinha nascido antes do tempo, com 36 semanas, e era bom tentar segurar o Pedro (que já era Pedro) um pouco mais. Fiquei em casa, deitada. Só saía para tentar ajudar o pequeno a virar: acupuntura, moxabustão, banho de ofurô.
Com 35 semanas e 6 dias, contrações fraquinhas de 20 em 20 minutos. Acordei vomitando – um dos sinais de trabalho de parto do Lucas – e fui ver a obstetra querida que também acompanhou o primeiro parto. Eu estava com 1 cm de dilatação e o Pedro continuava sentado. A médica tentaria uma manobra externa naquela semana, virando o nenê com suas mãozinhas por fora da barriga, mas quando ela encostava em mim vinha outra contração. O risco de estimular o trabalho de parto não compensava. O melhor era continuar deitada para que ele não fosse prematuro.
“A literatura médica recomenda cesárea em caso de nenê pélvico (que não está de cabeça pra baixo) e prematuro”, disse ela. “Mas se vocês quiserem, podemos tentar um parto normal. É seu segundo filho, o Lucas nasceu bem com 36 semanas…”. Na verdade, não sei bem se foi isso que ela disse. Mas com certeza foi algo parecido. A palavra cesárea me tirou os sentidos. Não era possível! Depois de um parto natural tão bacana eu não queria uma cesárea. “Mas não seria “desneCesárea”, seria uma cesárea necessária”, as amigas tentavam me animar. Eu sei que sim. Mas assim mesmo estremecia ao pensar nela. Foi aí que me dei conta de que minha opção pelo parto normal não era só militância, pelos abusos cometidos no Brasil. Mas um pavor da cirurgia. Eu suava frio de pensar em alguém cortando a minha barriga, nos pontos, em cuidar de um nenê num pós-operatório. Eu não queria uma cesárea de jeito nenhum! Desnecessária ou necessária, eu não queria passar por ela.
Foram dias muito difíceis. Encontrei pouca coisa para ler, não conseguia conversar com ninguém direito. Me sentia bastante sozinha naquela angústia toda. Desde que saímos do consultório da obstetra, meu marido era claro: a médica é que precisava saber como seria o parto, e se o melhor para o bebê fosse a cesárea deveria ser uma cesárea. Parte de mim concordava. Parte de mim queria sair correndo. E outra parte insistia que mesmo um nenê pélvico prematuro deveria nascer naturalmente.
Decidi escrever para a lista Materna. Adiara por vergonha. Eu tinha desaparecido por dois anos e ia chegar pedindo apoio… Escrevi! As respostas foram muitas e todas elas animadoras. Reli um email da parteira, das 32 semanas, que dizia que, se o nenê não virasse na acupuntura, minha obstetra o viraria no consultório. “É bem tranquilo, ela é boa disso!!! E se for o caso, parto pélvico normal, minha filha, você é boa disso!!!!”. Deu uma baita força. E lendo e relendo as respostas, decidi procurar em inglês. Será que encontraria algum texto, algo mais sólido? Encontrei “o” texto: “Hands off that breech!” O resumo, pelo menos na minha cabeça: “se o trabalho de parto do nenê pélvico evoluir bem, sem nenhuma intervenção, vai dar tudo certo. Se aparecer algum sinal negativo, é melhor não arriscar e cortar a barriga”. Pronto! Eu precisava de algo bem definidinho assim para a minha cabeça confusa. Fui dormir aliviada.
No dia seguinte, minha mãe apareceu em casa. Me convidou pra cortar o cabelo, numa tentativa de me animar. Fomos a um salão do do ladinho de casa, passamos o dia juntas e umas 20h ela foi pra casa dela, do outro lado da cidade. Eu sentia vontade de pedir para ela ficar, mas não tinha nenhuma razão concreta…
Coloquei o Lucas para dormir e estava na sala conversando com o Sergio quando decidi anotar o horário de uma contração. Ela continuava bem fraquinha, mas parecia estar mais frequente. 22h41. Anotei outra às 22h52. Percebi um pequeno sangramento, tomei um banho rápido e anotei outra às 23h02. Telefonei para a médica. “Estou em um parto aqui no hospital”, ela me disse. “Se achar que vai engrenar, vem para cá e avaliamos”. Decidi contar um pouco mais. E quando deu meia-noite, telefonei para a parteira, só para ela ficar ligada, vai que… “Querida, o parto do Lucas foi rápido. Se você teve sangramento e está com contração de 10 em 10 minutos, acho melhor ir para o hospital”. De fato, foram 4h30 de trabalho de parto ativo da primeira vez. Mas as contrações estavam tão fraquinhas… Não parecia sério. O Sergio me estimulou a aceitar o conselho. Telefonamos para Maria Lucia, irmã dele que mora no mesmo prédio que a gente, e ela desceu pra ficar com o Lucas, que dormia tranquilamente.
Entramos no carro e na esquina de casa eu queria voltar. “Tá vendo? Passou! Não tô sentindo contração nenhuma. A gente pode voltar.” A sensatez do Sergio insistiu que não custava nada ir até o hospital. Se fosse alarme falso era só voltar pra casa. Lembrei do pediatra. A experiência com o Lucas no hospital tinha sido ruim porque nosso pediatra não chegou. Não podia acontecer de novo! Liguei em todos os números e nada! Para completar, eu sabia que ninguém chegaria ao hospital se a coisa fosse mesmo pra valer. Minha mãe e a Bruna, que acompanharam o parto do Lucas, estavam muito longe. Seria rápido e elas não chegariam. O Sergio tem pavor de sangue, não assistiu o primeiro parto e já estava certo que não assistiria o segundo também. Eu pensava no pediatra do hospital tocando o terror, na cesárea, em estar sozinha durante o parto e entrei em pânico! A obstetra telefonou para saber se eu ia para o hospital. Atendi chorando e ela percebeu. Disse para eu ligar quando chegasse, que ela me encontraria na recepção.
Comecei a preencher a ficha entre uma contração e outra ela apareceu. Que abraço terapêutico! “Que bom, querida! Vai ser hoje”, ela disse naquele tom de fada. “Eu não consegui falar com o pediatra”, pude responder. “Quer que eu tente outro?” Eu queria muito, e ela conseguiu. Que alívio! Decidi telefonar pra Marcella, amiga-irmã que mora no Brooklin, pertinho do hospital, e ela foi me encontrar. Tinha pediatra, tinha a Marcella, tinha a obstetra, a parteira estava chegando. Tudo começava a ficar bem. A médica fez o toque e eu estava com 7 cm de dilatação. Tudo tão ameno, contrações tão levinhas… Nem dava pra acreditar. Chatices do hospital me prenderam por uns 20 minutos. A parteira chegou quando eu já estava na sala de pré-parto. A médica fez outro toque e já eram 10 cm. Nisso a bolsa estourou. Aí… minha nossa… palavras não vão dar conta… Um tsunami passava pelo meu corpo a cada contração. Doía muito! Eu sentia muita vontade de fazer força! Eu gritava muito! E oito contrações depois (segundo a parteira) ele estava nos meus braços. Rápido assim, fácil assim. Algumas dessas contrações foram no pré-parto, outras no corredor, as últimas na sala de parto prateada. Sei que muita coisa passou na minha cabeça naquele momento. Só me lembro, com extrema clareza, de ter pensado nos partos pélvicos que li em “A Tenda Vermelha” (livro muito bacana que a Lia me emprestou durante o repouso, pena que está esgotado).
A médica perguntou se eu queria ficar de cócoras. Pensei que não dava tempo porque ele já estava saindo, mas só consegui responder um ríspido “não”. Senti cada parte do corpinho do Pedro saindo de dentro de mim. Primeiro o bumbum, depois as perninhas, depois o resto do corpo. Tudo muito rápido. Tudo muito intenso. Eu sentia calor e a camisola do hospital incomodava, mas eu também sabia que tirar a camisola ia atrapalhar. De vez em quando via o rostinho assustado da Marcella. De vez em quando falava com a médica ou a parteira em monossílabos. E com muita força, com muita naturalidade, com muita rapidez, sem nenhuma intervenção, à 1h19, nasceu meu Pedro-Pélvico!
Ele nasceu quietinho e eu percebi alguma tensão no ar. Sabia que estava tudo bem com aquela coisinha pequena, cheirosa e molinha, mas disse que podiam tirar de perto de mim pra examinar se quisessem. Quando a pediatra pegou o pequeno, ele resmungou. Ela disse que nesse momento ficou tranquila porque sabia que estava tudo bem. Ela se moveu em direção a uma bancadinha de frente para a maca onde eu estava e eu sentei pra acompanhar. Alguém fez piada: “Como assim alguém acaba de parir e já se mexe desse jeito?” Eu estava ótima! Não tinha dor nenhuma, nenhum cansaço. Estava feliz e tranquila. Tirei a camisola porque não aguentava mais aquele treco me apertando e vi o Sergio fantasiado com a roupa de hospital e um olhão arregalado. Ele tinha decidido assistir o parto. Nunca vou ter a dimensão de tudo o que ele superou para tomar essa decisão. Deu uma olhada geral e me perguntou: “Nasceu? Foi normal?”. Respondi e apontei para onde estava o Pedro. Ele pegou o pequenininho e me devolveu. Que momento mais indescritível… Antes de meia hora de vida ele sugou com força, como tem feito até hoje. Aos cinquenta dias, Pedro engorda em média 45 gramas por dia, pendurado no peito da mamãe. E quando deita de barriga para cima abre cada perna pra um lado, não deixando dúvidas de que esteve sentadão na barriga!
(Fonte: http://casamoara.com.br/com-naturalidade-e-sem-intervencao-nasceu-meu-pedro-pelvico/)

E para terminar com chave de ouro, as palavras de Ana Cristina Duarte:

Mães, Médicos e Parto Pélvicos

26 de fevereiro de 2013 - 23:26
Por Ana Cristina Duarte
Olha, vou contar para vocês um pouco sobre partos pélvicos, o que conversei ontem com uma linda gestante cujo bebê resolveu ficar sentado até o final da gestação. Ela agora está na difícil tarefa de ter que escolher o que fazer.
Houve um tempo, até uns 50 anos atrás, que pélvico era um tipo de parto. Simples assim. Os médicos sabiam, as parteiras sabiam, e pronto. As nossas bisavós tiveram ou tinham uma irmã ou amiga que teve parto pélvico, sem maiores delongas.
Até que surgiu a cesárea, cada vez mais segura, cada vez mais comum. Nos cursos de medicina os médicos foram perdendo contato com o pélvico e na ausência do professor, operavam. Muitos cursos de medicina pararam de ensinar parto pélvico.
Em 2000 uma mulher do Canadá publicou um artigo enorme dizendo que o parto pélvico tinha mais risco para o bebê do que a cesárea. Esse artigo destruiu de vez as chances de um médico aprender a fazer parto pélvico e as mulheres de terem esse direito.
Cinco anos depois, já tinham saído mais dois artigos, um provando que o anterior foi tremendamente mal feito e não tinha o valor acadêmico que lhe foi atribuído e outro acompanhando essas mesmas crianças que nasceram no trabalho anterior e mostrando que a médio prazo a via de parto não fazia diferença para as crianças. Mas que a médio prazo continuava sendo pior para as mulheres a cesariana.
Agora já estão em andamento trabalhos nos EUA, Alemanha, Israel, França e Austrália mostrando que o parto pélvico é tão seguro quando a cesárea, respeitadas algumas condições (bebê de termo, com menos que 4kg).
Qual é a questão no Brasil? A questão principal é a do risco profissional. Para os que não sabem fazer parto pélvico, o cara tem pavor de acontecer alguma coisa. Para os que sabem, o problema é o risco jurídico. Diante da cultura da cesariana no Brasil, qualquer coisa que aconteça num parto pélvico, mesmo que seja alguma coisa nada a ver com o parto, algo que a criança já tinha, até um problema congênito, por exemplo, o médico vai ser acusado de ter causado aquele dano.
Às vezes não é nem o paciente que move processo, mas sim outros médicos. Num parto pélvico recente que acompanhei num hospital, o bebê nasceu e foi atendido por um pediatra da casa (não deu tempo de chamar um dos nosso). O pediatra enlouqueceu por terem deixado o bebê pélvico nascer de parto normal e disse pro médico e para os pais que tinham fraturado as duas pernas do bebê. O bebê não teve fratura alguma, raio X veio lindo, o médico não se conformou, mandou fazer de novo o raio X, que veio lindo novamente, e só assim ele parou de infernizar a pobre mãe e o pobre médico.
E tem muito médico por aí que acha um absurdo parto normal ou natural, quanto mais um parto pélvico. Que loucura, que perigo!
Até mesmo em partos normais a gente vê isso. Qualquer problema que o bebê tenha, se nasceu de parto normal, a culpa foi do parto. Paradoxalmente são os bebês nascidos de cesariana que têm mais problemas. Mas ninguém se preocupa com esses, nesse caso o bebê é que era doentinho. Mesmo que seja um pulmão molhado com 10 dias de UTI. Não são só médicos que estão tão mal-educados quanto à questão do nascimento. Toda a sociedade está! Muitos maridos, famílias, amigas, enchendo a cabeça das mulheres que terão ou que tiveram um parto pélvico normal.
Atender, dentro desse cenário, um parto pélvico, é um serviço para heróis. O risco que esses médicos e parteiras correm não é do parto. É o da sociedade em que vivemos.
É o papel de cada uma de nós aqui, como mães, profissionais e educadoras (toda mãe é uma educadora), mostrar para a sociedade, em palavras meigas e sutis, que as pessoas enlouqueceram! Que as pessoas não estão entendendo a questão do nascimento.
Ninguém pensa nos riscos que uma mulher corre a longo prazo após uma ou mais cesarianas. Ninguém quer saber das placentas acretas, prévias, rupturas, infertilidade. Ninguém cumprimenta uma mulher que teve um parto pélvico. As pessoas a chamam de louca!
E cabe a cada uma de nós ajudar a mudar esse cenário.
Deixo aqui meu abraço a cada mãe que teve a coragem de ter um parto pélvico e um abraço ainda mais forte em cada mãe que não conseguiu vencer essa gigantesca onda contrária, quase tsunâmica. E um abraço ainda mais forte e profunda solidariedade a quem quis tentar, mas teve seu direito negado.
Todos vocês são absolutamente dignas de toda a nossa admiração.
Um abraço longo e demorado a cada profissional de saúde que tem a coragem de permtir a uma mulher parir um bebê que resolveu vir com o bumbum primeiro.
Ana Cris

Artigo de 2000 que destruiu a arte do parto pélvico em todo o planeta (Valeu Hannah, amei, fofa):http://www.thelancet.com/journals/lancet/article/PIIS0140-6736(00)02840-3/abstractArtigo feito 5 anos após criticando o de 2000 (valeu, pessoal!)http://www.ajog.org/article/S0002-9378(05)01362-1/abstract
Analisando as crianças 2 anos após o parto e mostrando que no final não havia diferença:http://europepmc.org/abstract/MED/15467555
Revisão sobre Versão Cefálica Externa (manobra para virar o bebê ainda dentro da barriga, possibilitando um parto cefálico)
Alguns vídeos que eu gosto sobre parto pélvico:
Por Ana Cristina Duarte – Obstetriz em São Paulo

Espero ter ajudado...
Beijo grande,
Kika Doula


12 comentários:

  1. Kika, querida! Obrigada por unir tanta informação em um único post (acho que o primeiro texto eu já tinha lido em algum outro blog)! É muito bom 'reafirmar' o que a gente já sabe, e, com certeza, trará esclarecimento e 'sossego' pra muitas gestantes e ou tentantes que tem medo de parto pélvico! Parabéns por esse empoderamento que tu tem de ajudar quem quer ser ajudado! Muitos beijos

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  2. Ahh Raquel...obrigada!!!! Tudo nesse blog é feito com o mesmo carinho que tenho no meu trabalho...faço o que amo, daí fica mais fácil né???
    Fico feliz em poder ajudar e informar as gestantes(ou tentantes, como tu mesma colocou), afinal o parto só acontece para quem busca informação!
    Beijinho...

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  3. Informação é oque eu mais busco!
    É minha primeira gestação, então fico atenta a todas as possibilidades naturais, eu não sabia que seria possivel o parto Pélvico, então estou feliz por ter mais essa informação !

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    1. ah Vanessa! que feliz eu fico de poder ajudar!
      beijos querida

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  4. Sou primigesta estou com quase 39 semanas e bebe pélvico, quero tentar o PN e tenho fé que tudo vai dar certo...espero encontrar uma equipe preparada e que me acolha nessa hora tão sagrada... adorei o texto, bjsss

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    1. Maíra, torço que tu consiga teu parto natural! Informação e uma boa equipe são itens fundamentais!
      Boa sorte!!!
      beijos

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  5. Poxa estou com 35 semanas e sonho em tero meu principe de parto natural , hj fiz minha ultra e ele está sentado e me dando contrações pq está encaixando o bumbum , meu medico veio com história de cesarea o q eu faço ? eu não quero cesarea !

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  6. Sonhando com parto natural e sou surpreendida em plena 36 semanas e 6 dias com meu bebê ainda na posiçao pélvica.
    Espero encontrar aqui na Bahia um profissional que possa me ajudar. Estou super apreensiva.

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  7. Minha filha ficou pélvica desde 32 semanas, entrei em trabalho de parto e ela não virou, quis muito parto normal mas não teve jeito foi cesariana. Espero que agora na segunda gestação minha filha não fique sentada.

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  8. No intervalo entre os exercícios deve-se manter repouso ou posso ficar em pé?

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  9. Estou incluída no grupo das que tiveram negado o direito de ter um parto pélvico. Meu bebê nasceu no dia 26 de abril. Cheguei ao hospital com contrações e com 4 de dilatação a pouco mais de uma hora do início de trabalho de parto ( é o meu segundo filho, o primeiro nasceu de um maravilhoso parto normal) ,mas já sabia da dificuldade da realização do parto pélvico por despreparo médico. Fui para o hospital com a triste certeza de que seria cesariana. Graças a Deus, correu tudo bem, meu bebê é lindo e estou me recuperando bem, mas lamento não ter tido o parto normal com que tanto sonhei.




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  10. Estou na mesma situação! Com 37 sem com bebê pélvico e me sentindo pressionada por uma cirurgia e pensar que tentar até o ultimo instante seria um capricho meu. Obrigada por expor sua experiência com riqueza de detalhes. Espero conseguir um parto natural. Bj

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Obrigado.